A  ADUR-RJ defende os professores e as professoras da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro da mesma forma que defende toda classe trabalhadora. Por essa razão, no dia 17 de março adotou  medidas de prevenção ao contágio solicitadas pelos órgãos do poder público: fechou a sede para  o atendimento público, encaminhou os funcionários para HomeOffice (trabalho em casa). A diretoria possui responsabilidade com todos os docentes bem como os funcionários da entidade. A UFRRJ também tomou medidas similares para resguardar a comunidade universitária. Por tudo isso, a diretoria da ADUR-RJ encaminha a comunidade universitária a seguinte nota de repúdio.

 

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Nota de Repúdio da Diretoria da ADUR-RJ contra o desrespeito do presidente às recomendações da OMS no dia 29 de março

Seropédica, 30 de março de 2020.

Companheiro(a)s

No último dia 29 de março, o Presidente da República circulou por localidades do Distrito Federal e estabeleceu contato com a população que se encontrava nos locais públicos, contrariando frontalmente as recomendações de isolamento de seu próprio Ministério, da Organização Mundial de Saúde e de todos os especialistas da área. Após a caminhada, o Presidente concedeu entrevista coletiva, novamente criticando as medidas de isolamento, tratando-as como exageradas e prejudiciais à sociedade.

A diretoria da ADUR-RJ entende que o cargo de presidente da Republica possui inúmeras atribuições e responsabilidades. Uma delas é resguardar a segurança interna do País (Art. 85 da Constituição Federal). A atitude acintosamente imprudente do Presidente neste último fim de semana entra em conflito direto com esses princípios constitucionais

Em sua fala, o Presidente atacou as medidas de isolamento, utilizando o argumento da necessidade de garantir renda aos trabalhadores autônomos que encontrou nas ruas. O Presidente parece esquecer ou não compreender que a responsabilidade de garantir renda mínima, não só aos trabalhadores autônomos, mas a todos os cidadãos necessitados, é do Governo Federal, não através do incentivo ao desrespeito das medidas de segurança, mas da adoção de mecanismos de transferência de renda que só a União, pela sua incomparável capacidade de mobilização de recursos, tem condições de implementar. Na entrevista, o Presidente voltou a banalizar as incomensuráveis mortes decorrentes do relaxamento das medidas de segurança, afirmando que “todos nós vamos morrer um dia”.

Neste momento angustiante em que o mundo se encontra e em que a sociedade faz um esforço extremo para tentar conter a disseminação dessa doença que vem devastando a população de muitos países, produzindo em alguns deles, diariamente, centenas de mortos, é inadmissível que a autoridade máxima de nosso país venha sabotar essa mobilização com atitudes e discursos completamente irresponsáveis. Para essa Diretoria é absolutamente estarrecedor a insensibilidade do Presidente com os dramas pessoais que estão vivendo as famílias brasileiras em razão dessa pandemia, e que seriam vividos em escala muito maior, caso as medidas preventivas fossem canceladas.

A falta de empatia do Presidente com o sofrimento de sua população atingiu níveis insuportáveis!

É hora de reafirmar: Bolsonaro não tem mais condições morais de permanecer à frente do país!

A falta de responsabilidade do Presidente com sua população atingiu níveis insuportáveis!

É hora de reafirmar: Bolsonaro não tem mais condições morais de permanecer à frente do país.

 

Fique em casa!

Em defesa do SUS!!

Transparência Já!!

Ditadura nunca mais!!

Em defesa da educação pública e gratuita;

 

Diretoria da ADUR-RJ

Resistência e Luta na Pluralidade

(Biênio 2019-2020)

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